<em>PT</em> iniciou reuniões com ORTs

Uma primeira reunião entre organizações representativas dos trabalhadores da Por­tugal Te­lecom e da administração do grupo teve lugar na segunda-feira, dia 21. O pedido partiu da Comissão de Trabalhadores, no dia 3, logo que foi apresentado pela administração de Henrique Granadeiro o plano de alienação (spin-off) da PT Mul­ti­media, na estratégia de resposta à OPA (operação pública de aquisição) desencadeada pelo Grupo Sonae. Na reunião participaram igualmente os sindicatos com representação na PT.
Na agenda desta reunião com os presidentes da PT e da PT Co­mu­ni­ca­ções, a CT destacou o pedido de esclarecimentos sobre a operação de spin-off da PT Mul­ti­media, no quadro das suas preocupações de defesa da economia nacional, do Grupo PT, dos consumidores, dos trabalhadores e dos postos de trabalho – como referia a nota que a Comissão de Trabalhadores divulgou, sexta-feira, a anunciar a marcação do encontro.
Uma particular preocupação tem a ver com a garantia dos direitos dos trabalhadores da PTM, neste processo de cisão, e particularmente de mais de uma centena de trabalhadores da PTC cedidos à PTM.
A CT pretendia ainda conhecer os valores que vão ser canalizados para os fundos de pensões da PTC, uma vez apurado para o Grupo PT o retorno financeiro resultante do spin-off (isto, para além dos mil milhões de euros, anunciados pela anterior administração, de Horta e Costa, e já confirmados pela administração presidida por Granadeiro).
Independentemente desse retorno, a administração comprometeu-se a cobrir os 2,6 mil milhões de euros do défice do fundo de pensões num prazo significativamente mais reduzido (6 anos, em vez dos 14 actualmente previstos), como explicou Francisco Gonçalves, coordenador da CT, após a reunião.
Por fim, mantêm-se as preocupações em relação aos trabalhadores que a PT quer despedir (embora a empresa insista nos termos de um mútuo acordo). Para a CT e os sindicatos, qualquer saída de funcionários deve ser feita sem pressões, sem «voluntários à força» e nas melhores condições para o pessoal.
As reuniões com a administração deverão prosseguir, sob o pano de fundo de declarações comuns contrariando a OPA da Sonae. É neste contexto que o coordenador da Comissão de Trabalhadores afirma que, «com as pressões do Governo e das entidades reguladoras (Anacom e AdC), é preferível perder um ramo (a PTM) para salvar a árvore (o Grupo PT e os muitos milhares de postos de trabalho), face à OPA predadora da So­na­ecom». Ou seja, «perante este cenário, a CT opta pela defesa dos trabalhadores, opta pelo mal menor, ou seja, pela amputação de um ramo frutuoso para salvar a árvore».


Mais artigos de: Trabalhadores

Desemprego a subir

A evolução do emprego e do desemprego, nas estatísticas divulgadas sexta-feira pelo INE, «contraria o discurso oficial», afirmou a CGTP-IN, reagindo às declarações do ministro da Presidência.

Combater a escravatura

Construir a unidade, lutar e escolher estruturas sindicais de classe é a melhor forma de os trabalhadores se salvaguardarem, consideram os comunistas de Coimbra do sector.

Estado decidiu vida ou morte da <em>Irmal</em>

A assembleia de credores da Irmal, empresa de metalomecânica pesada das Caldas da Rainha, estava marcada para ontem, e o sector público administrativo, como credor maioritário, deveria decidir a retoma da laboração, exigiu o Sindicato dos Metalúrgicos de Coimbra e Leiria. Numa carta-aberta, enviada na semana passada «a...

Professores com mais instabilidade

Na sexta-feira foram publicadas pelo Ministério da Educação as listas de colocação de professores. A divulgação foi feita duas semanas antes do previsto pelo ME, mas o prazo para os docentes aceitarem a colocação estava limitado a 48 horas, o que suscitou protestos da Fenprof e dos sindicatos.Logo numa primeira análise,...